19 maio, 2005

barcos de ar, madeira e papel


Estava sentada na roda, ouvindo Marcelo falar sobre o pathos. Tentava lembrar dos movimentos que havia feito - um leque, um oratório, um manto e a serpente; onde estava a origem disso? Por que não havia descoberto essa faísca antes? Onde é que ela estivera?

Não parava de pensar - sentada em si, pernas de índio - quando ele a despertou do quase transe:


"... e você, menina, tem coisa aí dentro. Tem gestos interessantes, faz origamis.
Mas eu quero ver você construir caravelas gigantes, ó. Gigantes.
Seus barcos são pequeninos, muitas dobras; são movimentos refinados, diminutos. Agora eu quero ver você botar isso lá!"

(e fez um gesto de expansão, braços pra cima, mãos espalmadas)

"Quero ver você tirar essa franja do rosto".


Todos riram, ela também. Os gestos diminutos! Origamis!
Torceu a franja com a ponta dos dedos.

7 Comments:

Anonymous Anônimo said...

busque o grandioso sim, mas não abandone os origamis

23 maio, 2005 13:04  
Blogger vanessa reis said...

bonito bem.


essas coisas deviam ser assim, tão soltas?

23 maio, 2005 21:45  
Blogger Gisella Hiche said...

bonsai de enorme sentir

24 maio, 2005 04:06  
Blogger Gisella Hiche said...

bonsai de enorme sentir

24 maio, 2005 04:06  
Blogger Gisella Hiche said...

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

24 maio, 2005 04:06  
Blogger Carla Kinzo said...

e samaúma de sentir pequenino

26 maio, 2005 13:05  
Blogger Pablo Araujo said...

, grande e pequeno a um tempo só,

31 maio, 2005 20:13  

Postar um comentário

<< Home