11 outubro, 2005


tear azul

Desde o dia em que nasci
Eu me descosturei
Do rasgo ferveu o mar primordial
Trabalho dia e noite
Com linhas coloridas
Retalhos ficaram nas redes de um pescador faminto
Ele é um homem azul
Que assobia para os siris
Esse homem sou eu
Antes de entrar no mar
Dentro do barco, tiro minhas agulhas e desenho nos remos olhos que enxergam o fundo das águas

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Se ninguém ainda disse nada só pode ter sido por calar-se diante da beleza... que poesia linda!

14 novembro, 2005 15:47  

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