"O sorriso dela era triste. O que ela queria , na verdade, era nunca ter recebido nome. A casa tem nome? E que nome tem a pedra? Admitia, contrafeita, que o padrasto tinha sua razão: deram- nos nome como um modo de nos dizerem que não temos eternidade. E sentiu saudades do seu oculto lugar, além do rio. Ao menos lá, em Antigamente, ela se esquecia de ter nome, ter rosto, ter idade."
em: O outro pé da sereia, Mia Couto.
em: O outro pé da sereia, Mia Couto.
1 Comments:
Que lindo, vou procurar este livro!
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