09 junho, 2006

"O sorriso dela era triste. O que ela queria , na verdade, era nunca ter recebido nome. A casa tem nome? E que nome tem a pedra? Admitia, contrafeita, que o padrasto tinha sua razão: deram- nos nome como um modo de nos dizerem que não temos eternidade. E sentiu saudades do seu oculto lugar, além do rio. Ao menos lá, em Antigamente, ela se esquecia de ter nome, ter rosto, ter idade."

em: O outro pé da sereia, Mia Couto.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Que lindo, vou procurar este livro!

19 junho, 2006 00:50  

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