XIII.
Penso em teu sexo.
Simplificado o coração, penso em teu sexo,
perante o maduro ventre do dia.
Apalpo o botão do gozo, está de tempo.
E morre um sentimento antigo,
degenerado em prudência.
Penso em teu sexo, sulco mais prolífico
e harmonioso que o ventre da Sombra,
conquanto possa a Morte conceber e parir
do próprio Deus.
Oh Consciência,
penso, sim, no bruto livre
que goza onde quer, onde pode.
Oh escândalo de mel dos crepúsculos.
Oh estrondo mudo.
Odumodneurtse!
(César Vallejo. poesia completa; philobiblion, rioarte, 1984. Tradução de Thiago de Mello)
Penso em teu sexo.
Simplificado o coração, penso em teu sexo,
perante o maduro ventre do dia.
Apalpo o botão do gozo, está de tempo.
E morre um sentimento antigo,
degenerado em prudência.
Penso em teu sexo, sulco mais prolífico
e harmonioso que o ventre da Sombra,
conquanto possa a Morte conceber e parir
do próprio Deus.
Oh Consciência,
penso, sim, no bruto livre
que goza onde quer, onde pode.
Oh escândalo de mel dos crepúsculos.
Oh estrondo mudo.
Odumodneurtse!
(César Vallejo. poesia completa; philobiblion, rioarte, 1984. Tradução de Thiago de Mello)
3 Comments:
poema lindo - só faltou a tradução do último versos; abração
Lindo mesmo.
O último é intraduzível.
Grande abraço
e as saudades de sempre
Odumodneurtse!,
há quem já o tenha feito = Odumodnortse!
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