31 maio, 2005

, muitos borges e nenhum,





"Porque quando um texto está pronto já não é de mais ninguém, mas da tradição ou da linguagem."

"À poesia, e isto os antigos já sabiam, ora, todo mundo sabia, lhe convém mais a derrota do que a vitória."

... "esta iminência de uma revelação, que não se produz, é talvez o feito estético."

(a poesia) ... "sem leis prefixadas, opera de modo vacilante e ousado como se caminhasse na escuridão. Xadrez misterioso a poesia, cujo tabuleiro e cujas peças mudam como num sonho e sobre o qual me inclinarei depois de morto."

"O tempo é um rio que arrebata, mas eu sou o rio; é um tigre que me destroça, mas eu sou o tigre; é um fogo que me consome, mas eu sou o fogo. O mundo desgraçadamente é real; eu desgraçadamente sou Borges."

"O porvir é inevitável, preciso, mas pode não acontecer. Deus ataca nos intervalos."

"O mestre escolhe o discípulo, mas o livro não escolhe seus leitores, que podem ser malvados ou estúpidos..." Citando Clemente de Alexandria: "escrever num livro todas as coisas é deixar uma espada nas mãos de um menino."

"O mundo, segundo Mallarmé, existe para um livro; segundo Bloy, somos versículos ou palavras ou letras de um mundo mágico, e esse livro incessante é a única coisa que existe no mundo: é melhor dizendo, o próprio mundo."

... "só perdemos aquilo que realmente nunca tivemos..."

Citando Bloy: "Não existe na Terra um ser humano capaz de declarar quem é. Ninguém sabe o que veio fazer neste mundo, a que correspondem seus atos, seus sentimentos, suas idéias, nem qual é o seu nome verdadeiro, seu imperecível nome no registro da LUZ."

1 Comments:

Blogger Carla Kinzo said...

um

nenhum

cem mil

01 junho, 2005 23:27  

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