UM CANTO PARA MUSSUEMBA
Ó mãe dos gafanhotos
sentados na lavra da boca deserta:
quantos comboios pariu a tua fome
sobre tijolos gravados ao corte da língua?
O abecê do tempo sangra no pilão
e a chuva de Abril nos cafeeiros
é a mulher kilombo, dizem
morreu um leão no fogo do teu ventre
onde caminhei de animais na mão.
(poema do angolano josé luís mendonça, confiram outros do mesmo peso em peledelontra.zip.net)
Ó mãe dos gafanhotos
sentados na lavra da boca deserta:
quantos comboios pariu a tua fome
sobre tijolos gravados ao corte da língua?
O abecê do tempo sangra no pilão
e a chuva de Abril nos cafeeiros
é a mulher kilombo, dizem
morreu um leão no fogo do teu ventre
onde caminhei de animais na mão.
(poema do angolano josé luís mendonça, confiram outros do mesmo peso em peledelontra.zip.net)
2 Comments:
ah, não deu pra mim esse...
isso é que é engraçado. nós os escolhemos ou eles nos escolhem?
bom, vanessa,
acho que eles tem mais poder de arbítrio do que nós.
gostei deste justamente por ele ser arredio e estranho. nesse caso eu (ainda) o estou escolhendo, até ele me aceitar. e não é que dá certo? já consegui com muitos poemas,
abraços
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