23 maio, 2007

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“Penso que a poesia, como ato de criação, não deve de forma objetiva nomear as coisas tal como elas acontecem no cosmos (...). A poesia deve constituir-se no mundo alternativo, este funcionando como mundo não codificado ou convencionado numa visão globalizante, senão como codificação singular do criador e do leitor. (...). A poesia deve convidar-nos a mergulhar no escuro, como dizia Gastão Cruz, não para o iluminar, mas para aprender a conhecê-lo, evocando todos os sentidos. Como se pode ver, para mim a linguagem poética é a criação de uma outra realidade, fundada numa realidade, ou seja, a recriação da realidade observável”, diz o poeta angolano Abreu Paxe em entrevista exclusiva para a Zunái. Em sua edição de maio/2007, a revista eletrônica traz ainda poemas inéditos de autores lusófonos como os brasileiros Décio Pignatari e Age de Carvalho, do português Luís Serguilha, do angolano José Luís Mendonça, ensaios sobre Augusto de Campos, Josely Vianna Baptista e a poesia contemporânea da América Latina. O link de Debates discute a atualidade do conceito de pós-modernidade e a Galeria traz imagens de Elida Tessler, uma das mais expressivas artistas visuais de sua geração, com ensaio crítico de Manoel Ricardo de Lima. No caderno de traduções, autores gregos, suíços, chilenos, norte-americanos, ingleses e catalães, seguindo a orientação universalista da publicação. Destaque também para os nossos correspondentes em Londres, Richard Price, e em Berlim, Simone Homem de Mello.

Onde encontrar: no ciberespaço, que se chama Gran Cualquierparte (Vallejo).

Preço: Etéreo. Inconcebível.
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