19 abril, 2005

, ao pé do ouvido; para paola, antônia e demais cronópios,








o áspero aluvião da história passa , urgente corre e nos arrasta, inexorável, e não há contra ele, para detê-lo, sequer um aceno, e inútil debater-se ou implorar socorro, possivelmente não restará traço nenhum destas existências tão poucas, furiosas, distraídas,

, som, fúria e estômago,

, e o tempo soprando paciência,


"...este jogo na borda da sacada, este fósforo ao lado da garrafa de gasolina, este revólver carregado na mesa de luz – uma busca intelectual do próprio romance, que seria assim como um contínuo comentário da ação e, muitas vezes, a ação de um comentário. "

"que sim, que não, que onde está está."

"Às vezes tem uma efêmera consciência de que a cada tantos segundos as pálpebras interrompem a visão que sua consciência preferiu entender como permanente e contínua; mas quase de imediato o pestanejar volta a ser inconsciente, o livro ou a maçã firmam-se em sua obstinada aparência. "

"...e outros dias caio dentro de um dos meus sapatos e sofro um golpe terrível..."

"e sou terrivelmente feliz em meu inferno, e escrevo."

"Mas já se sabe que nem todos os estranhados são poetas ou filósofos profissionais. Quase sempre começam por sê-lo ou por querer sê-lo, mas chega o dia em que se dão conta de que não podem ou não estão obrigados a essa response quase fatal que é o poema ou a filosofia frente ao challenge do estranhamento."

"...resistir à solapada deformação que o cotidiano codificado vai montando na consciência com a ativa participação da inteligência racional, os meios de informação, o hedonismo, a arterioesclerose e o matrimônio inter alia (entre outras coisas). "



e entretanto é preciso fazer,

é preciso,

é isto,

sim,

2 Comments:

Blogger vanessa reis said...

hunm. forma estranha. de qualquer forma, gosto do que está dentro.
tudo seu, mesmo em aspas?

19 abril, 2005 22:53  
Blogger Pablo Araujo said...

em itálico é tudo do cortázar, disarm

20 abril, 2005 19:16  

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