Na época em que João J. escrevia cartas a Antônia
ela era menina e enfrentava o mundo com o silêncio. E se achava muito rebelde, descendo sempre em altura com seus infinitos não ditos e olhar firme nos olhos de quem ousasse a olhar.
E João J. lhe escrevia cartas.
Cartas fundas, desenhadas com letra corrida, quase deitada na palavra seguinte - sempre muito bela. João J. só sabia desenhar palavra bela.
E foi assim que João J. ganhou a rebelde Antônia e fez com que ela, menina, quisesse ser João J. quando crescesse.
Passados tantos anos, Antônia ainda quer ser João J. - que, até hoje, a toca em profundeza, com as cartas antigas que ela encontra, de vez em quando, escondidas no meio de um livro.
ela era menina e enfrentava o mundo com o silêncio. E se achava muito rebelde, descendo sempre em altura com seus infinitos não ditos e olhar firme nos olhos de quem ousasse a olhar.
E João J. lhe escrevia cartas.
Cartas fundas, desenhadas com letra corrida, quase deitada na palavra seguinte - sempre muito bela. João J. só sabia desenhar palavra bela.
E foi assim que João J. ganhou a rebelde Antônia e fez com que ela, menina, quisesse ser João J. quando crescesse.
Passados tantos anos, Antônia ainda quer ser João J. - que, até hoje, a toca em profundeza, com as cartas antigas que ela encontra, de vez em quando, escondidas no meio de um livro.
4 Comments:
E eu mereço tanto? Precisamos nos encontrar nos nossos desencontros de sempre. Beijo.
=)
se eu puder invadir este entrecartas...
gostei deverasmente, Antônia.
benvinda invasão, v.
venha sempre
Postar um comentário
<< Home