30 agosto, 2005

O que seria possível se conseguíssemos descer em uma escada para o fundo do nosso corpo?

A pergunta, que Antônia não sabe se está bem traduzida do japonês, foi feita por Hijikata Tatsumi.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

lá no fundo da escada, eu não sei, mas no meio dela encontraria uma avó com suas duas netas colhendo amoras numa árvore de um quintal enorme...

01 setembro, 2005 00:51  
Blogger Carla Kinzo said...

que bela descida

01 setembro, 2005 14:13  
Anonymous Anônimo said...

lá no fundo da escada eu também não sei... tem uma música do Mestre Ambrósio que acho linda e que me lembra esse "fundo", do corpo, da escada da história... chama-se "Sêmen":

Nos antigos rincões da mata virgem
Foi um sêmen plantado com meu nome
A raiz de tão dura ninguém come
Porque nela plantei a minha origem
Quem tentar chegar perto tem vertigem
Ensinar o caminho, eu não sei
Das mil vezes que por lá eu passei
Nunca pude guardar o seu desenho
Como posso saber de onde venho
Se a semente profunda eu não toquei?

Esse longo caminho que eu traço
Muda contantemente de feição
E eu não posso saber q direção
Tem o rumo q firmo no espaço
Tem momentos q sinto que desfaço
O castelo que eu mesmo levantei
O importante é que nunca esquecerei
Que encontrar o caminho é meu empenho
Como posso saber de onde venho
Se a semente profunda eu não toquei?

Como posso saber a minha idade
Se meu tempo passado eu não conheço
Como posso me ver desde o começo
Se a lembrança não tem capacidade
Se não olho pra trás com claridade
Um futuro obscuro aguardarei
Mas aquela semente que sonhei
É a chave do tesouro que eu tenho
Como posso saber de onde venho
Se a semente profunda eu não toquei?

Tantos povos se cruzam nessa terra
Que o mais puro padrão é o mestiço
Deixe o mundo rodar que dá é nisso
A roleta dos genes nunca erra
Nasce tanto galego em pé-de-serra
E por isso eu jamais estranharei
Sertanejo com olhos de nissei
Cantador com suingue caribenho
Como posso saber de onde venho
Se a semente profunda eu não toquei?

Como posso pensar ser brasileiro
Enxergar minha própria diferença
Se olhando ao redor vejo a imensa
Semelhança ligando o mundo inteiro
Como posso saber quem vem primeiro
Se o começo eu jamais alcançarei
Tantos povos no mundo e eu não sei
Qual a força que move o meu engenho
Como posso saber de onde venho
Se a semente profunda eu não toquei?

E eu
Não sei o que fazer
Nesta situação
Meu pé...
Meu pé não pisa o chão.

19 setembro, 2005 23:35  

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