Brecht, duas peças
.
.
.
.
Nossos inimigos dizem: A luta terminou.
Mas nós dizemos: Ela começou.
.
Nossos inimigos dizem: A verdade está liquidada.
Mas nós dizemos: Nós a sabemos ainda.
.
Nossos inimigos dizem: Mesmo que ainda se conheça a verdade
Ela não pode mais ser divulgada.
Mas nós a divulgamos.
.
É a véspera da batalha.
É a preparação de nossos quadros.
É o estudo do plano de luta.
É o dia antes da queda
De nossos inimigos.
.
.
.
*
.
.
.
Ó prazer de começar! Ó alvorada!
A primeira grama, quando parece esquecido
O que é o verde! Ó primeira página do livro
Tão esperado, surpreendente! Leia
Devagar, muito rápido
A parte não lida ficará pequena! E o primeiro jato d'água
No rosto suado! A camisa
Fresca! Ó começo do amor! Olhar que desvia!
Ó começo do trabalho! Colocar óleo
Na máquina fria! Primeiro movimento e
Primeiro ruído do motor que pega!
A primeira fumaça, enchendo os pulmões!
E você, pensamento novo!
.
.
.
1 Comments:
oi, pablo!
que lindo esses poemas - adorei. às vezes prefiro TÃO mais essa dicção simples, bonita, enfim, c'est la vie.
conheci ontem a gisella, disse que te abriga quando vc vem para são paulo. gente fina ela, é do EIA, até postei a respeito no peixe de aquário.
a malha é fina.
beijinhos
Postar um comentário
<< Home