15 dezembro, 2004

Ela olhava para o porvir com esperança que ele mudasse seu presente - a falta de maturidade a fazia acreditar num certo romantismo da procrastinação. Era como se, no futuro, porque o futuro era o lugar das coisas a serem realizadas, ela poderia, bobamente, como quem pisca, ser feliz.
Ela nem desconfiava que o lugar do futuro era o instante em que ficava pensando naquelas piscadas.

E então o tempo passou - esse sim mais veloz do que o piscar. E quando ela deu por si estava lá. No futuro das suas procrastinações.