01 abril, 2005

beatriz, que é atriz,
é também poeta
e ainda não descobriu

"Eu poderia
agora
escrever o futuro.
O que você me trouxe, generosamente, iluminou minha caverna platônica.
Estou numa fase amorfa. Lembrando, que de um sopão nasceu a vida, certo?
Tenho dificuldade com o tempo. Não quero perdê-lo; pois parece que, perdendo-o, eu perco vida. Mas bestamente vi que não estou vivendo este tempo que busco!!!
Quero ficar em paz com o tempo. Que muda as coisas, que as amadurece...
Hoje temos que ser jovens, dispostos, "pra cima", novos, re-novos.
E o amarelado do vestido de noiva da avó se tira com OMO!!
Cresci assim. E travo uma luta árdua com minha carne.
Mas meu espírito há de vencer (...)"


Beatriz, moça de personalidade de fogo e trovão, eu conheci de trança no cabelo, em cima de um palco. Eu escrevia uns diálogos pra ela e ela reescrevia com o verbo falado. De troca em troca, eu no papel e ela em cena, construímos juntas uma personagem. Uma personagem que escutava um violinista tocar, todas as noites, através das paredes de sua casa. O violinista, na história, jamais teve sua figura revelada - ficou na imaginação de sua personagem e nas notas que um músico tocava em cena, à meia luz, de costas.

Já faz tanto tempo toda essa história.

Hoje continuamos com os diálogos que uma completa para a outra.
E de vez em quando Beatriz me manda seus verbos, que eu recebo e me aproprio.

Esses que recebi hoje faço meus.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Diz-me de quem sais,
Grito-te meus ais -
Somos hai-kais iguais. (Millôr)

01 abril, 2005 21:19  
Anonymous Anônimo said...

sorrisos e mais sorrisos,
dona beatriz

01 abril, 2005 21:22  

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