11 novembro, 2005

.


Fosse eu ( que por acaso levo o nome
Da rara e prodigiosa espécie: o Homem)
Livre para escolher meu próprio curso,
A carne certa e o sangue natural,
Queria ser Macaco, Cão ou Urso,
Tudo menos o fútil Animal,
Tão orgulhoso de ser Racional.



.



Penúltima Palavra


O Espaço?
— A vida
Ida
Sem traço.

O Amor?
— Seu preço:
Desprezo
E dor.

O Sonho?
— Infindo,
É lindo
(Suponho).

Que vou
Fazer
Do ser
Que sou?

Isto,
Aquilo,
Aqui,
Ali.




(respectivamente, Lord Rochester (1647-1680) e Jules Laforgue (1860-1887), tirado da mini-antologia do paideuma poundiano. ABC da Literatura. Editora Cultrix. São Paulo.)

.

7 Comments:

Anonymous Anônimo said...

traduções de augusto de campos.

11 novembro, 2005 18:42  
Anonymous Anônimo said...

Muito bons esses poemas/poetas.

Muito bonito bonitos os dois.


Estou esperando escritos de autoria da casa. rs.

Abraços.

Thiago Ponce

11 novembro, 2005 20:09  
Blogger Carla Kinzo said...

Belas leituras, Pablito.

11 novembro, 2005 22:26  
Anonymous Anônimo said...

As fontes, sempre as fontes - muito bom.

12 novembro, 2005 14:29  
Anonymous Anônimo said...

Gostei de descobrir o blogue de vocês. Poesia e sensibilidade. Aliás, foi através do Cárcere sem Asas que cheguei aqui. Valeu a pena. De verdade. Abraços.

14 novembro, 2005 09:12  
Anonymous Anônimo said...

valeu pela visita, amigos.

thiago, os escritos virão,
ainda só não sei quando.

abraços

17 novembro, 2005 13:22  
Anonymous Anônimo said...

estive aqui, e que beleza hein!

22 novembro, 2005 09:51  

Postar um comentário

<< Home