28 fevereiro, 2006

a razão sabia e jamais compartilhou. a partir daquela manhã ela era uma flor.
nota

Lição um: capturar sua presença
movendo apenas o fundo dos olhos

Lembrar: cada gesto, curva, linha
todo movimento



por um instante tudo em mim vive nela



AGORA E NA HORA DE NOSSA HORA

DIREÇÃO: VERÔNICA FABRINI
CRIAÇÃO E ATUAÇÃO: EDUARDO OKAMOTO
TREINAMENTO DE ATOR: LUME
DURAÇÃO: 60 min

De 10/02 a 19/03/06
Sextas e sábados às 21h 30
Domingos às 20h 30

Teatro Fábrica São Paulo
R. da Consolação, 1623
Fones: 3255-5922 e 3258-8140
www.fabricasaopaulo.com.br
www.eduardookamoto.com
Ingressos R$20,00 e 10,00

20 fevereiro, 2006

dia
a
dia
o
dia
ainda
adia
e
diz
.
.
poetry
why
try
thy
poverty
or
power
.
.
.
.
(poema de Pablo Araujo)

15 fevereiro, 2006

Cactus


Sitting here wishing on a cement floor
Just wishing that I had just something you wore

I put it on when I go lonely
Will you take off your dress and send it to me?

I miss your kissin' and I miss your head
And a letter in your writing doesn't mean you're not dead
Run outside in the desert heat
Make your dress all wet and send it to me

I miss your soup and I miss your bread
And a letter in your writing doesn't mean you're not dead
So spill your breakfast and drip your wine
Just wear that dress when you're dying

Bloody your hands on a cactus tree
Wipe it on your dress and send it to me

Sitting here wishing on a cement floor
Just wishing that I had just something you wore




(cantado por Black Francis, acompanhado de Kim Deal, no álbum Surfer Rosa, dos Pixies)

12 fevereiro, 2006



17 x NELSON - O inferno de todos nós

No porão do Teatro Fábrica, oito atores contam, através de 17 cenas escolhidas, a evolução da dramaturgia Rodriguiana.

A peça é aos sábados, 19h e domingos, 18h e fica em cartaz até o dia 30 de abril.

O Teatro Fábrica fica na R. da Consolação, 1623.

07 fevereiro, 2006

por W.H. Auden

"Aos olhos dos outros, um homem é poeta se escreveu um bom poema. A seus próprios, só é poeta no momento em que faz a última revisão de um novo poema. Um momento antes, era apenas um poeta em potencial, um momento depois, é um homem que parou de escrever poesia, talvez para sempre."

04 fevereiro, 2006

corpo a corpo com a poesia

noite de intervenção poético-corporal na Casa das Rosas

Noite de leitura com poetas contemporâneos brasileiros e argentinos, precedida de intervenção do Grupo de Teatro-Dança Obarae seguida de debate.

O poeta Ricardo Domeneck reúne os poetas argentinos

Cristian de Nápoli um dos editores do Projeto Eloísa Cartonera , autor de Límite bailable (Buenos Aires: Astier Ediciones, 1999) e organizador do Festival Latino-Americano de Poesia de Buenos Aires
Lucía Bianco autora de Preinsectario (Buenos Aires: Gog y Magog Ediciones, 2003), Etiquetas de dulces (Bahía Blanca: Cooperativa Editor El Calamar, 2004) e Diario de exploración (Bahía Blanca: VOX, 2005)

aos poetas brasileiros

Tarso de Melo autor de Planos de fuga e outros poemas (São Paulo: Cosac Naify, 2005) e co-editor da Revista Cacto (São Paulo)

Heitor Ferraz autor de Coisas Imediatas (Rio de Janeiro: Editora 7Letras, 2004)

Fabiano Calixto autor de Fábrica (São Paulo: Alpharrabio Edições, 2000)

Marília Garcia autora de Encontro às cegas (Rio de Janeiro: Editora 7Letras, 2001)

Angélica Freitas que prepara o seu primeiro livro


Antes das leituras, o Grupo de Teatro-Dança Obara (Luzia Carion, Verônica Veloso, Paulina Caon e Sandra Ximenez) apresentará seu novo espetáculo, uma intervenção de cerca de 40 minutos no espaço das leituras, baseado em fragmentos da coletânea Carta aos Anfíbios , de Ricardo Domeneck, que fez parte do grupo, e propõe uma discussão, junto aos poetas, da poesia como performance, além de um debate com o público.

Casa das Rosas — Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Avenida Paulista, 37 - São Paulo
Tel.: (11) 3285-6986
Dia 08 de fevereiro de 2006
A partir das 19h
Entrada Franca

03 fevereiro, 2006






















(fotografia de alberto monteiro)




ausência


o que as palavras
escondiam
de delicadeza

no meio da violência
o amor

na voz que não cabe
neste silêncio

e a fotografia
sobre a mesa
nunca enviada

...

são as palavras
que sofrem

aqui, onde tudo
termina.



(poema de Virna Teixeira, do livro Distância, ed. 7letras, 2005)
Un experimento salvaje de Douglas Diegues


2

desde el décimo segundo andar la tarde
comercial parece estúpida —
mismo que los ricos non estejam de acordo
mismo que los pobres discordem

la tarde ficaria mais elegante vestida de lluvia
pastando en el mistério
mismo que bocê non consiga levar nada a sério
além de la beleza de las vulvas

enquanto las outras crianzas sorrindo
brincam de deuses — y la magia de la vida — lentamente vai destruindo
poses certezas fachadas crenzas formigas e arranha-céus
sinceramente prefiro transformar bosta de elefante em luz em leche em mel

en este fabuloso aquário
o que seriam de los espertos sin la ayuda de los otários?



(escrito na tradição portunhol)


01 fevereiro, 2006

























de Ibn 'Arabî


Em Dhu Salem e no convento na área de Hima
Gazelas mostram-te o sol na forma de estátuas

Observo as esferas sirvo numa igreja
Guardo um prado colorido na primavera

Ora me chamam pastor de gazelas
No deserto ora monge ora astrólogo

Meu Bem-Amado é três embora um
Como as Pessoas que foram feitas uma na essência

Amigo não contestes o meu dito um astro de fogo
Ilumina gazelas a girar em torno das estátuas

Nas gazelas pescoços no sol rostos
Na branca estátua peito e punhos

Como emprestamos vestes aos ramos
Virtudes ao jardim sorriso ao relâmpago




(Ibn 'Arabî, sufi andaluz nascido em Múrcia, Espanha, em 1165 e morto em Damasco, Síria, em 1240. tradução de Antônio Cícero)