23 novembro, 2005

Água


Pendurado à altura
do sétimo andar
do edifício comercial
com janelas espelhadas
o rapaz de azul
suspenso
molha a senhora com sacolas
o ciclista
quatro carros estacionados
três em movimento
e um pedaço de asfalto
da rua Vergueiro
no retângulo de vidro
inclinado à sua frente
com um borrifador
às quatro e trinta e sete
da tarde



Caetano Gotardo

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Gosto por algum motivo. Mas não é o tipo de poema que eu me sentiria bem ao escrever.
Viva as diferenças.

Abraços,

Thiago Ponce.

PS.: Festival de Poesia do Circo Voador. Começa hoje! Vou me apresentar lá hoje e domingo.
Apareça.

23 novembro, 2005 16:06  
Anonymous Anônimo said...

olá thiago,

vou ver se apareço no festival.
abração

24 novembro, 2005 13:34  

Postar um comentário

<< Home