As paredes suportam meus pulsos de carne.
As paredes se encaram.
As paredes indagam seus rostos à cal
E me riem perdido além do labirinto.
A luz sabre a cabeça, as olhos entre as dedos,
O caminho dos pés no caminho nos pés:
Entre a jarro de flores e a mesa perdido.
E as paredes são uivos mais fortes que os meus.
Fui eu quem as fechou? Se fecharam sozinhas?
Sabem que eu sei abrí-las. Ignoro que sei.
Ao me sonhar caminho vi que elas e não eu,
Que tenho pés, caminham.
As estantes e as quadros se erguem já como a hera
Mais espessos que a hera.
Algo que a luz chamou poeira e eu ouro, e teias
Chamou a eu chamei rios
Acorda a compromisso entre as portas e a vida.
As paredes não param. Caminham sabre mim.
Sonham que eu hei de abrí-las. Ignoro que sei.
augusto de campos
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